segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Salvem a noça EDUCAÇÃO!!

Nosso país encontra-se entre os 60 (ranking de 70 países) nos indicadores de qualidade na educação. O fato é que o Brasil vive uma doença crônica na educação. Nesta terra bonita por natureza, Municípios criam leis de aprovação automática no ensino fundamental, Universidades Públicas são sucateadas e, ao mesmo tempo, "inchadas"de alunos, sem investimentos em infraestrutura. Há poucos investimentos na atualização da didática de professores e o ensino de base as nossas crianças, cada vez mais é deixado em segundo plano.
A leitura não é incentivada e assim, as crianças passam de série e estagnam no ensino médio, raras são os que chegam ao ensino superior. Ainda no Brasil, é pequena a cultura de "3° grau", poucos tem acesso à Universidade.
Talvez, isso possa ser reflexo de um passado de muita exploraçao. Quando Portugal tomou posse das terras brasileiras, a ordem foi sugar tudo que a terra tupiniquim poderia oferecer, muito foi explorado e pouco foi investido. Ao começar pelos primeiros cidadãos brasileiros vindos de Portugal.
Portugal não investiu na criação de Universidades no Brasil. Universidade, pra quê? O povo brasileiro não precisa de conhecimento!! O povo do Brasil tem que ser explorado para nos enriquecer! Não podemos dar acesso a um espaço onde se discuta e produza conhecimento, porque queremos que eles produzem mais cana-de-açúcar!
Enquanto na Europa, há séculos já havia Universidades, a primeira Universidade de Portugal foi fundada em 1290! Não precisamos ir tão longe, Argentina no século 17, mais precisamente 1613, fundava a sua primeira Universidade... Enquanto no Brasil, Universidades, de fato (não falo faculdades) são recentes.
Temos pouquíssimos investimentos na Ciência, na Pesquisa, e isso faz com que grandes mentes não tenham espaço no mercado brasileiro, tendo que procurar por grandes oportunidades em outros países. O salário é baixo, estagiários bolsistas ganhando 360 reais mensais (com grandes atrasos), porque além de o mercado de Pesquisa ser restrito, os investimentos também são.
O empreendedorismo e a inovação ainda são pouco explorados nas Universidades brasileiras. O ensino da Ciência ainda é resumido em DELTATÊ, DELTAVÊ... Não há laboratórios na maioria esmagadora das escolas públicas brasileiras de ensino médio. O inglês se resume a verbo to be. A arte se resume em corte e colagem, e pouco se tem falado sobre os artistas brasileiros que fizeram e fazem história para a nossa Nação. Assim, a criança torna-se um adulto sem saber quem são grandes nomes, como Chico Buarque, Tarsila do Amaral e Nelson Rodrigues.
É lamentável, triste, saber que um país como o Brasil estabelece um descaso muito grande com a educação, entra ano e sai ano e nada é feito, construir escolas em 3 favelas pacificadas, dar notebook a professores não é a solução! A solução é realmente fazer uma revolução na educação!
Democratizar o ensino superior, aliando a melhorias significativas no ensino de base, para que permita acesso igualitário, aliando também à melhoria estrutural das Universidades e à formação plena dos professores, sejam eles doutores ou não.
Novos governantes, não "façam à Cátia" para esse assunto. Cidadãos, não se conformem com as migalhas que o governo oferece.

2 comentários:

  1. Adorei o texto. Tua linguagem é ótima, e me alegra saber do que passa por essa cabecinha abençoada, seja pelo meio que for.
    Não subestime esse seu espaço, é uma parte sua que está aqui: um laboratório, uma fabrica de ideias, uma interface com a sociedade, uma contribuição para a blogosfera, e uma referência para mim.
    Forte abraço, do teu amigo,
    Rodrigo

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  2. De fato que precariedade da educação é algo cada vez mais visível no quadro dos problemas críticos que nosso país enfrenta, principalmente pelo fato do decaimento das ferramentas de incentivo aos meios docente e discente, deixando-os margem do desinteresse.

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