quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A SAÚDE DO RIO

Cantado em várias canções, famoso pela beleza, de fato o Rio de Janeiro continua lindo.
O Rio ama estar na mídia, ser capa de revistas. O calçadão de Copacabana tem que estar em evidência e o Cristo, sempre de braços abertos. O morro da Urca com seus shows, a Lapa, berço da Boemia, o Maracanã sediando verdadeiros eventos esportivos e grandes shows! A Rocinha? A Rocinha virou ponto turístico. Castelo das Pedras recebe turistas do mundo inteiro. Tudo isso realça a imagem que os governantes do Rio amam preservar: "O paraíso de gente feliz!" Tudo para "inglês ver" e aplaudir.

Mas há um Rio de Janeiro onde não querem expôr nas revistas mundiais, o Rio da Saúde Pública. Nada tão maravilhoso. Uma lastimável vergonha.
A saúde pública no Rio é uma verdadeira junção de todo o descaso com o ser humano, e de toda a demagogia das campanhas políticas...
Há falta de gestão, faltam profissionais de saúde, falta segurança, faltam medicamentos. Há poucos médicos para muita demanda, processos administrativos arcaicos, pessoal com um jaleco branco já se auto-etitulando "doutor".
Os cidadãos mais humildes que precisam deste sistema, se vêem tratados como animais, literalmente jogados na grande sala de espera, enfrentando longas filas, sendo "empurrados" de um hospital a outro, muitas vezes são atendidos nos corredores, porque não há leitos. São vítimas de laudos errados, erros cirúrgicos, infecção hospitalar, abandonos e descasos.

Paralelamente a isso tudo se vê um preparativo para uma grande festa! "As Olimpíadas virão" e nessa brincadeira, o Governo prevê um orçamento de 29,5 bilhões de reais, que serão investidos em estrutura urbana e esportiva para que o Rio possa receber de braços abertos, os turistas que virão dos 4 cantos do mundo, prestigiar a festa.
Sou contra às Olimpíadas no Rio. Acredito que se deva primeiro cuidar da grave doença que há no sistema público de saúde na Cidade, investindo em novos hospitais, novas estruturas, repensar o uso da verba pública, combater a impunidade, as fraudes, revisar a gestão hospitalar e investir em pesquisa, para depois sim, pensar em fazer eventos esportivos e shows.
Num contexto onde se habita descaso com a saúde, uma doença crônica na educação, (que eu nem quero entrar nesse mérito) é muito mais bonito fazer olimpíadas, porque é isso que sai nas capas das revistas, afinal, o Rio precisa manter a fama de "Cidade Maravilhosa".

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O equilibrista

Ouvindo (incansávelmente) a trilha sonora de Amélie Poulain. Mais uma vez, pude observar o quão harmonioza e equilibrada são as canções. Um equilíbrio sem agressão que traz, com muito cuidado, a leveza e a cautela em unir instrumentos, experimentos e amor.
Numa pequena fração de segundos, pensei acerca do equilíbrio pautando a importância sobre as nossas vidas. Sim, há uma importância considerável, tendo em vista que toda a natureza busca o seu equilíbrio. Os elementos químicos através dos balanceamentos se doam, se ligam, visando um momento estável e equilibrado. O nosso corpo ocasiona um equilíbrio térmico com as trocas de calor, através de um simples ato de beber água.
A busca pelo equilíbrio ainda tem sido uma característica nesta geração, que talvez possa ser chamada de "geração de excessos". Nada em excesso é saudável! Quando o exagero toma conta, há um desequilíbrio que causa um desespero, descontrole e descrença e tudo foge do racional.
Os seres humano buscam o equilíbrio, muitos procuram viver numa grande balança em busca de um posicionamento de conforto e uma estabilidade desejada, seja ela na área profissional, afetiva ou espiritual.
Assim, como na natureza, nas ciências, na Fauna e na Flora, o equilíbrio é visível e real para que haja um bem estar nessas áreas, na nossa vida não é diferente! Ter equilíbrio sobre as atitudes, pensamentos e emoções ainda é uma busca esmerada pelos seres humanos. E quando essa busca é bem sucedida, há espaço para o sucesso em quaisquer áreas, possibilitando descobrir mais e mais, mas com equilíbrio.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Finito

Há dias que temos o Universo em nossas mãos. Há outros, que ele nos deixa no vácuo.