segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O equilibrista

Ouvindo (incansávelmente) a trilha sonora de Amélie Poulain. Mais uma vez, pude observar o quão harmonioza e equilibrada são as canções. Um equilíbrio sem agressão que traz, com muito cuidado, a leveza e a cautela em unir instrumentos, experimentos e amor.
Numa pequena fração de segundos, pensei acerca do equilíbrio pautando a importância sobre as nossas vidas. Sim, há uma importância considerável, tendo em vista que toda a natureza busca o seu equilíbrio. Os elementos químicos através dos balanceamentos se doam, se ligam, visando um momento estável e equilibrado. O nosso corpo ocasiona um equilíbrio térmico com as trocas de calor, através de um simples ato de beber água.
A busca pelo equilíbrio ainda tem sido uma característica nesta geração, que talvez possa ser chamada de "geração de excessos". Nada em excesso é saudável! Quando o exagero toma conta, há um desequilíbrio que causa um desespero, descontrole e descrença e tudo foge do racional.
Os seres humano buscam o equilíbrio, muitos procuram viver numa grande balança em busca de um posicionamento de conforto e uma estabilidade desejada, seja ela na área profissional, afetiva ou espiritual.
Assim, como na natureza, nas ciências, na Fauna e na Flora, o equilíbrio é visível e real para que haja um bem estar nessas áreas, na nossa vida não é diferente! Ter equilíbrio sobre as atitudes, pensamentos e emoções ainda é uma busca esmerada pelos seres humanos. E quando essa busca é bem sucedida, há espaço para o sucesso em quaisquer áreas, possibilitando descobrir mais e mais, mas com equilíbrio.

2 comentários:

  1. Da geração 81 sob o signo de aquário

    Eu vivo uma geração sem expoentes
    Uma geração de estrelas cadentes que sequer se sustentaram no céu para dar-nos suas quedas em espetáculo celestial
    Uma geração de trevas ofuscada pelas luzes eletrificadas que explodem retinas
    A minha geração ficou no meio do caminho entre a que foi e a que talvez virá – virá?
    Nem sexo, drogas e rock’n roll nem açaí com guaraná
    Uma geração big mac fast food self service coca diet com entrega a domicílio que cresceu na frente da TV
    Eu não sei da internet o tanto que ela sabe de mim nem li tantos livros assim
    Vivo entre o passado e o futuro a semente estéril de uma geração imprensada em cima do muro
    E eu aqui deslocada sem estourar numa ploc, sem entender nada de rock, achando que a minha vida é um pit stop
    Onde é que isso tudo vai parar?
    Sei lá, acho que a minha geração perdeu a hora, saca? Tava dormindo e não ouviu o despertador tocar. Acordou meio-dia no meio da vida na casa dos pais achando que viver ou morrer tanto faz.
    É uma geração que não dá poema. Não rima nem arrebata. Não ladra nem morde. Jamais daria um uivo. E nem consegue arrancar suspiros ou suspender respirações.
    Sendo fruto de uma geração que não representa nada, nem a minha própria geração eu sou capaz de representar.
    Eu vivo na contramão de uma geração que não tem fluxo pra lugar algum.
    Então, como é que eu posso dar em algum lugar?
    Não, meu bem, eu não quero acordar. Me deixe dormir até meio-dia no meio da vida na casa dos pais achando que viver ou morrer tanto faz. Eu desliguei o despertador, então, faça o favor, não me acorde, meu bem. A minha geração dorme de olhos abertos, mas eu, meu bem, eu só quero sonhar. Me deixe sonhar que nesse meio do caminho eu ao menos sou pedra, e não terra pisada como o resto da estrada.

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