terça-feira, 16 de março de 2010

E aí a gente percebe que o tempo passa e nós vamos ficando cada vez mais inertes.
Ontem ele era um adolescente, anteontem uma criança. Percebeu uma pequena grande revolução tecnológica; recebeu muito bem o Cd Rom, jogou fora o disket. Adere ao pen drive, joga fora os cds. Viu a internet se popularizar. Ela chega a sua casa. O novo e alternativo vício do século XXI toma força e ele fica cada vez mais vulnerável a este meio eletrônico de se distrair.
Cada vez mais a internet apodera-se dele. Até que ele cede ao orkut e começa a usá-lo como seus pés, seus olhos, seu corpo. Inicia numa doce ilusão que depois vira uma obsessão. Não consegue mais andar pelos seus pés. Não consegue mais olhar pelos seus olhos, não consegue mais falar pela sua boca, não consegue mais abraçar pelos seus braços...
Ele Muda, atualiza-se, constantemente. Mas há um grande paradoxo:
Muda-se constantemente, parado no tempo.

E aí a gente percebe que o tempo passa e nós vamos ficando cada vez mais inertes.

bandeira, r.

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